terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A ditadura do "canudo"

Este País à beira mar plantado é muito dado a extremar atitudes. Vamos do oito ao oitenta. Todos nós sabemos que há cursos superiores que ninguém sabe para o que servem, a não ser para dar um Dr atrás do nome de algum calino que não se esforçou minimamente para entrar numa universidade pública. Temos Drs para todos os gostos. Temos engenheiros para todos os gostos. Títulos pomposos para quem, no mercado de trabalho, não é capaz de transpor para a prática o que supostamente deveria aprender nos bancos da escola. O pior ainda não é isso. É que, para tentar ganhar uns "trocos", estes miúdos criam "Ordens", organizam-se e transformam-se em "bufos" que só atingem os mais pequenos, aqueles que lutam denodadamente pela sobrevivência.

Quando o representante de uma "ordem", assossiação, (chamem-lhe o nome que quiserem) vão para a televisão defender que, por causa da lei do tabaco, deve haver um projecto de engenharia para calcular como poderá ser feita a extracção do fumo do tabaco e indicar que tipo de equipamento se deve adquirir, um labrego destes o que está objectivamente a dizer é que, o "desgraçado" que montou o seu negóciozinho tem que arriar uma pipa de massa para encher os bolsos a alguém que só vive de expedientes de um miserável título.

Com os elevadores dos prédios passa-se a mesma coisa. Os elevadores estão sujeitos a vistorias, vistorias que no fundo são feitas pelas empresas que montam os elevadores ou por alguém indicado por eles. Quer dizer, se os condóminos quiserem poupar uns tostões e não fazerem as revisões periódicas tal como as empresas de elevadores pretendem, são estas mesmas que acabam por denunciar a situação, no fundo não passam de reles "bufos", que não se im portam e complicar a vida daqueles que a têem demasiado complicada.



Naturalmente todos nós somos a favor de uma segurança alimentar e todos nós reconhecemos a necessidade de haver fiscalização neste sentido, mas, quando se aceita que uma ASAE qualquer impôr que se substitua uma colher de pau por uma de plástico, começamos a aceitar coisas que mais tarde ou mais cedo se voltam contra nós, porque estas entidades não estão aí para servir-nos, estão aí sim para nos complicar a vida.



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