sexta-feira, 13 de julho de 2012

ALGARVE: E NÓS POR CÁ?



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O dr Paulo Morais deve andar um bocado equivocado, apesar do excelente trabalho que tem feito no campo da transparencia como se pode ver pelo vídeo. Quando se refere ao presidente da Comissão de Ética da Assembleia da Republica, o dr. Paulo Morais deveria saber que esse senhor ou alguém a mando ou pedido dele adulterou a cartografia da Reserva Ecológica em Loulé para poder construir uma mansão. Esse presidente da Ética sem Ética, é o mesmo que omite todos os crimes urbanísticos e ambientais cometidos no Algarve a começar por Loulé de onde é originário.
Esse presidente da Ética sem Ética é o mesmo que omite e pior, avaliza, as construções em Domínio Publico Marítimo, nomeadamente a conquista de terrenos à Ria Formosa para a construção de um campo de golfe, embora saiba que ali não se cumprem as Directivas sobre a Utilização de Nitratos Para Fins Agrícolas e que estão a eutrofizar a Ria Formosa.
Ao senhor Paulo Morais falta-lhe despir a camisola do partido e das politicas por ele seguidas. Denunciar os crimes de corrupção, urbanísticos ou ambientais é muito interessante, mas é curto. Curto porque é na defesa de interesses, de clientelismos politico-partidários e da própria politica seguida pelos partidos que se alternam no Poder. Não fora a politica desses partidos e não haveria uma pequena parte da corrupção neste País.
O seu partido detém a maioria das Câmaras Municipais e se é certo que o Parlamento se tornou no centro da corrupção também é certo que é nas autarquias que ela é mais praticada, com o trafico de solos, o trafico de influencias e as violações sistemáticas dos planos de ordenamento, do regime jurídico da urbanização e edificação, do domínio publico hídrico ou do código de contratação publica.
Será que as cúpulas partidárias desconhecem o que se passa? Quem acredita nisso? Porque não agem? Porque lhes interessa que assim continue! Quanto mais corrupção mais enriquecem, enquanto empobrecem o Povo e o País. Um sistema baseado nos cifrões que não nas pessoas, só pode dar nisto.
Acho muito bem que aponte o dedo aos tubarões mas as piranhas são tantas que o efeito pode ser tanto ou mais nefasto. 
Qual é a autarquia que não tem telhados de vidro?
A mudança não é uma questão de actores mas sim de politicas, politicas que sirvam os interesses da maioria da população e não de meia dúzia de detentores do capital. Sem essa mudança, a corrupção existirá sempre.
Mas também chegará o dia em que as pessoas fartas de serem roubadas por estas sanguessugas, se revoltarão.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais palavras, mais denúncia para quê???? Que resta de dúvida?
Agora só há que encontrar a forma mais correcta de neutralizar a hidra mafiosa que nos domina.
Os bons, com silêncio e passividade, são tão criminosos como os maus.