terça-feira, 14 de agosto de 2012

RIA FORMOSA: GOVERNO MANDA POLUIR!





As imagens reportam um despacho de arquivamento de uma pseudo Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento, que é no mínimo aberrante face ao que se consegue provar pelo relatório da Agência Portuguesa da Poluição, desculpem o erro, do Ambiente.
A criação de Assunção Cristas tona-se neste caso o garante da continuação da poluição na Ria Formosa, apesar de, como se vê na 4ª imagem, ponto 2, se reconhecer que a ETAR Poente de Olhão não cumpre as normas de descarga em CBO5 e CQO.
É óbvio que este miserável despacho de arquivamento não ficará sem resposta, dura, muito dura, porque afinal o governo de merda e da merda, que é disso que se trata, legitima a poluição de um eco-sistema único, em violação de leis nacionais e comunitárias, pelo que daremos conhecimento à Comissão Europeia dos crimes ambientais cometidos na Ria Formosa por esta cambada de nojentos.
Logo por baixo do ponto 2 da mesma imagem pode ler-se "....estando neste momento a iniciar-se a elaboração do respectivo estudo por parte da entidade gestora destas ETAR, a empresa Águas do Algarve, SA. (AdA).
Acontece que ainda muito recentemente o presidente da AdA, em declarações prestadas ao Correio da Manhã, dizia que não se previa a breve prazo a construção de uma nova ETAR, como se pode ver em http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/sociedade/poluicao-mata-ameijoa. Aldrabão sou eu e não minto tanto!
Para alem do relatório conter um rosário de contradições e interpretações abusivas, como a de que estas ETAR cumprem os requisitos de lei ou de incumprimento de 7 analises mensais, quando afinal são realizadas quinzenalmente de que resultam 14, e não podem estar desconformes mais de três.
No caso da ETAR de Olhão não conseguem determinar a remoção de CQO por excesso de iões de cloreto, mas também não explicam a origem desses iões de cloreto, porque resulta da necessidade de encobrir as fabricas de sal que jogam os resíduos das lavagens directamente nos colectores de saneamento.
Tudo o mais que se diz no relatório, é mera retórica, já aqui abordada, e com o fito único da continuação da actividade poluidora.
É claro que se demonstra com alguma facilidade que estão poluindo a Ria Formosa, bastando para isso o citado incumprimento, mas que as autoridades publicas, a todos os níveis da hierarquia do Poder, tentam esconder da população. Também é fácil associar a morte dos bivalves da Ria Formosa, como aconteceu recentemente, em vésperas do festival do marisco, após uma descarga da ETAR de Faro.
Certo é, que a fauna e flora da Ria Formosa estão desaparecendo, criando dificuldades acrescidas a quem vive da Ria e das suas actividades tradicionais. Até quando? Os pescadores, produtores de bivalves e outros devem passar das palavras aos actos, desencadeando acções que levem à reposição da qualidade das águas da Ria Formosa.
REVOLTEM-SE, PORRA!


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