terça-feira, 25 de junho de 2013

OLHÃO E O FIM PREVISIVEL DA PESCA

O governo prepara-se para encetar um conjunto de medidas que a serem postas em pratica, representarão o fim da pesca, conforme noticia do Região Sul em http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=137580.

Nalguns países os pescadores não pagam o equivalente ao Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos, porque no essencial as receitas de um tal imposto, é para ser aplicado na construção de estradas. No mar não gastam um tostão, mas entende o governo retirar o subsidio ao gasóleo apesar dele ser inferior o ISP.
O agravamento de custos resultantes da medida implica a paralisação da frota de norte a sul do País, com consequencias drásticas ao nível do trabalho, da coesão social mas também da economia, quando o Povo português é o terceiro consumidor mundial de peixe per capita.
Os nossos governantes estão completamente desnorteados, não sabendo o que dizem ou fazem. Por um lado querem aumentar as exportações mas, e como resulta das novas medidas se postas em pratica, aumentar também as importações, já que passamos a importar cada vez mais peixe, a não ser que por decreto nos queiram obrigar a comer o peixe de aquacultura, satisfazendo os interesses de poderosos lobbys do sector.
Ou será que o objectivo é outro, o desejado fim da pesca, afastando os pescadores das zonas ribeirinhas para que fiquem livres para o sector do turismo, elevado que foi a eixo estratégico do desenvolvimento?
Esquecem os governantes que o objecto da governação tem de ser a satisfação das necessidades básicas da população e não a submissão a interesses económicos, venham eles de onde vierem. Ninguém está contra o turismo, mas o Povo está acima destes esquemas. Compreende-se que a aposta no turismo seja uma forma de contrabalançar o défice da balança de transacções com o exterior, fruto do aniquilamento do sector produtivo, mas daí, a não se ter outros horizontes como a retoma da produção, vai uma grande distancia.
As autarquias têm um papel fundamental na salvaguarda dos interesses das populações. Os eleitos locais devem ter sempre presente que estão lá para servir o Povo e não para se servirem a eles próprios e à sua pandilha e por isso devem, juntamente com os pescadores e armadores, dizer ao governo dos efeitos nefastos que uma tal medida vai provocar. Os autarcas e os candidatos devem manifestar a sua total solidariedade com um sector em vias de acabar, e os pescadores e armadores devem questioná-los sobre o que pensam fazer se o governo decidir mesmo avançar.
A corda vai-se esticando até que parte. O momento de ruptura já esteve mais longe.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

ja todos sabemos que em Olhao niguem respeita a tradicao arquitectonica de cidade cubista pois agora apostam sempre nos amarelos e laranjas pois é a cor preferida da malta da seccao das licencas da CMO ja nao bastou o marina village que é uma aberracao arquitectonica agora pintaram o salva vidas da fuzeta de amarelo e barras laranjas aonde esta o respeito pelos parimonio so falta agora pintarem a praca de olhao de amarelo tambem respeitem o patrimonio porra

Anónimo disse...

aqui fica uma foto http://i.imgur.com/ehTmDGV.jpg do salva vidas