quinta-feira, 15 de agosto de 2013

OLHÃO: VIVA A BURLA PRÉ-ELEITORAL


Ontem, no Tribunal de Olhão, a doutora juíza que analisou os pedidos de impugnação das candidaturas tomou a decisão de não dar provimento a nenhum dos pedidos, ficando tudo em águas de bacalhau, o que não significa que o assunto morra por aqui.
Os partidos do arco do Poder, mais habituados às trafulhices, conceberam uma lei que permite a um qualquer burlão ser candidato à gestão dos bens públicos, algo que roça o delírio. É do conhecimento de todos que qualquer cidadão que se queira candidatar a um subsidio, a um contrato com os serviços da administração publica, está obrigado a apresentar certidão em como não tem dividas para com o Estado, pelo que se pergunta como é que um individuo que, embora não seja insolvente mas sim a empresa de que era proprietario, deve centenas de milhares de euros a esse mesmo Estado, possa vir a administrar bens seus. Vivemos numa republica de bananas.
Ainda que não sejam da nossa conta os problemas da vida privada de terceiros, a partir do momento em que estes se tornam candidatos e assumem uma vida publica, e neste caso o visado ainda é vereador, há um conjunto de actos que devem ser denunciados para que as pessoas não venham depois alegar desconhecimento do potenciais perigos que uma candidatura possa representar.
Nas imagens acima, e a primeira é extraída do Portal do Ministério da Justiça, verificamos que a Estrutura Celeste, é uma sociedade unipessoal, com um determinado proprietario, que não corresponde à imagem debaixo, onde aparece o candidato burlão pelo movimento de inspiração monárquica João Manuel Dias Pereira, como sendo o sócio gerente daquela empresa. Obviamente que apagámos o nome do primeiro outorgante por não ser chamado ao caso, da mesma forma que não publicámos a ultima pagina do contrato de empreitada carimbado e rubricado pelo burlão. Um verdadeiro caso de policia! Quem paga os impostos relativos a este e outros contratos? O verdadeiro ou falso proprietario? E será que os paga?
A candidatura burlona segue o Rumo Velho de tantas outras. Um individuo destes tem condições para gerir uma autarquia? Que garantias dá, de que não dá aos dinheiros públicos, a mesma utilização que a estes, ou seja para proveito próprio? Quem garante que não celebra, a exemplo da actual gestão, contratos com amigos de confiança? Quem garante que não arranjará empresas fictícias para obter contratos com vista ao enriquecimento ilícito? Burlão uma vez, burlão sempre, é o lema deste candidato.
A saída deste dilema passa pela inelegibilidade do burlão, e vai ser conseguida. Não perderá pela demora!

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