terça-feira, 9 de dezembro de 2014

RIA FORMOSA: O CAMARTELO VEIO PARA FICAR?

De acordo com as declarações do Ministro Verde, o camartelo na Ria Formosa veio para ficar, como se pode ler em http://www.publico.pt/local/noticia/governo-diz-que-demolicao-de-800-construcoes-na-ria-formosa-nao-encerra-o-assunto-1678356
Na verdade, o ministro com mais olhos que barriga, quer mesmo destruir todo o edificado nas ilhas barreira embora o faça de forma faseada para vencer a resistência dos moradores. E é vê-lo declarar que para já são apenas as de segunda habitação, deixando as de primeira habitação para uma avaliação da reestruturação e renaturalização em tempo próprio. Tal como dissemos por varias vezes, está já na forja uma revisão do famigerado POOC para enquadrar as futuras reestruturações e renaturalizações, como forma de ultrapassar questões jurídicas que se possam vir a levantar.
Repare-se que o ministro, invocando o Domínio Publico Marítimo, apenas aponta para intervenções nas ilhas barreira e não tem uma única palavra para as margens de mar que integram também aquele Domínio, só que outros interesses mais altos se levantam.
Uma das dificuldades invocadas pelo representante do governo, prende-se com a dificuldade no realojamento dos moradores de primeira habitação, sendo necessário criara as condições financeiras para o fazer.
Significa isto que este ministro, pior que os ministros do regime derrubado em 25 de Abril, pretende correr com todos os moradores das ilhas barreira, e estes no seu egoísmo próprio, de que não é com eles mas com o vizinho do lado, não vislumbram que aquilo que os governos, socialista e social democrata, pretendem é ir dividindo os moradores, criando zonas "legais" e ilegais, primeira e segunda habitação e reduzindo a sua capacidade para uma acção de maior resistência.
Mas as zonas, hoje ditas "legais", amanhã por força de uma nova reestruturação poderão passar à condição de ilegais. Nessa altura, com menos peso e força,será muito mais difícil aos moradores que resistirem ao camartelo demolidor de agora, oporem-se aos ditames destes senhores.
Mandaria o bom senso e equidade que a haver demolições no Domínio Publico Marítimo, seriam elas não só mas ilhas barreira mas também de todo o edificado nas margens de mar e cuja dominialidade é do Estado, mas aí, já se venderam e vão continuar a vender, num processo que tresanda a corrupção por todos os lados. Portanto, aqueles que ainda hoje acreditam na boa fé desta governança, preparem-se que num futuro próximo pode muito bem bater-lhes à porta o homem do camartelo.
Não sejam solidários com os que agora são despojados e amanhã não esperem a solidariedade daqueles a quem hoje voltam as costas.
REVOLTEM-SE, PORRA!

3 comentários:

Anónimo disse...

"Pimenta no ânus dos outros para mim é gozo"!
Pois é!!!!! Vamos ver até quando.

Anónimo disse...

Não se iludem porque vai tudo abaixo.
O Polis foi aprovado em Faro com a presidência de José Apolinário nunca os partidos se preocuparam em mobilizar os residentes na ilhas da ria formosa, agora aparecem como grandes salvadores do povo é tudo uma mentira.
É uma perda de tempo tentar enganar as pessoas alguma vez protestaram com olhos de gente?
Organizaram umas presenças ás reuniões de câmaras para tapar os olhos aos papalvos.
Agora é tarde.

Anónimo disse...

Para uns, todos os argumentos servem para não demolir;
Para outros, todos os argumentos servem para demolir;
Cair ou não na "amizade" do técnico decisor faz toda a diferença num dos Estados mais corruptos da Europa.
Investiguem