sábado, 31 de janeiro de 2015

RIA FORMOSA: DEMOLIÇÕES SÃO ACÇÃO EXCLUSIVAMENTE POLITICA!

Por mais que tentem, com o jogo das palavras, iludir os moradores das ilhas barreira com as tretas da legalidade e ou ambientais, a única verdade é que se trata de uma acção exclusivamente politica.
Não se trata de um questão jurídica como alguns pretendem afirmar e também o não será do ponto de vista ambiental.
O POOC, enquanto plano de gestão territorial, é o mensageiro das demolições e foi através dele que a canalha politica do arco da governação criou as condições para a utilização do camartelo. O POOC, desde o seu inicio até à aprovação, atravessou governos de socialistas como António Guterres e Sócrates e do PSD/CDS como Durão Barroso, Santana Lopes e Passos Coelho. Todos estão ligados às demolições!
Já demonstrámos que a Lei sobre o Domínio Publico Marítimo apenas é para ser cumprida por alguns e de forma bastante diferenciada consoante a capacidade financeira e o grau de conhecimentos dos promotores turístico-imobiliários, sendo exemplo disso as constantes violações na Fuzeta, nas Cabanas de Tavira, Cacela ou no Ancão.
Já se percebeu que não são as casas que afundam as ilhas e que a única coisa que se lhes pode apontar, é o facto de terem sido construídas em cima do cordão dunar, situação logo aproveitada para se dizer que estão a ocupar um espaço que deveria ser de fruição para todos, o que também é falso, uma vez que o cordão dunar, segundo as mesmas vozes renaturalizadoras, é para ser utilizado única e exclusivamente nos passadiços sobreelevados que nunca foram feitos para evitar o pisoteio.
Noutras situações argumenta-se com a defesa de pessoas e bens, mas as demolições fazem precisamente o contrario ao destruir os bens de quem lá tem casa e deixar ao relento muitos dos que lá residem o ano inteiro.
Nunca foi definida uma politica de combate à erosão e de defesa costeira apesar de por variadas vezes ter sido pedida e o exemplo mais flagrante disso, é que o actual plano de dragagens da Ria Formosa permitia com custos reduzidos, resolver um problema de décadas de desleixo e incúria por parte dos mesmo que descobriram, agora, a Ria Formosa.
As Câmaras Municipais participaram na elaboração do POOC tal como, e também pelo que dele emana, fazem parte integrante da Sociedade Polis. Também as Câmaras  Municipais, à semelhança dos governos geridos pela mesma canalha, têm responsabilidades nos planos de demolições e nunca acautelaram os interesses dos seus munícipes.
Agora, que muitas vozes se levantam contra as demolições, diga-se também de passagem só agora o fazem, aparecem alguns actores do teatro politico a tentar limparem-se da merda que fizeram como se não tivessem responsabilidades no que se passa na Ria Formosa.
Basta que os moradores das ilhas reflictam no caso da ligação das condutas de agua e saneamento em 2009 quando já se sabia quer pelo POOC, aprovado em 2005, quer pela Polis aprovado em 2008, mandavam demolir o edificado nas ilhas barreira. Para quê?
Entretanto, no ano passado, foi aprovado, num acordo conjunto PS/PSD/CDS, o Plano de Ordenamento do espaço marítimo e que vai permitir concessões desse espaço por períodos de cinquenta anos. Neste contexto, a "limpeza" das ilhas barreira cria as condições para potenciais investidores virem ocupar e edificar precisamente no mesmo espaço que os actuais moradores. E atenção com a retórica das edificações amigas do ambiente, outra panaceia da sacanice politica. Não há construções amigas do ambiente, quando muito poderão é ter menos impactos negativos mas que não vêm trazer nenhuma mais valia ambiental, apenas servindo para alimentar negocios e mais negocio.
REVOLTEM-SE, PORRA!

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