domingo, 29 de maio de 2016

OLHÃO: TODOS CONTRA A PEQUENA PESCA ARTESANAL!

Foto retirada do Correio da Manhã em http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/policia_maritima_de_olhao_apreende_redes_de_pesca.html

Do acordo com a noticia, terão sido apreendidas cerca de 10 km de redes e 100 quilos de peixe, perto de uma zona balnear, por falta de sinalização.
Poderíamos questionar sobre o perigo que aquelas redes poderiam representar para os utilizadores da praia, porque uma coisa é estar perto da zona balnear e outra bem diferente o estar em plena zona balnear. Partindo do principio que as redes não estavam sinalizadas já havia motivos para a dita apreensão, mas a questão que nos traz hoje não é essa.
Na verdade, o que está em causa é o direito ao trabalho dos pescadores da pequena pesca artesanal, que vão sendo enxotados de um lado para o outro, completamente marginalizados, como se não tivessem direito à vida.
O litoral da Ria Formosa tem vindo, por imperativo da União Europeia e submissão do governo português, a ser ocupado por Áreas de Aquacultura (APA) que retiram espaço à pequena pesca artesanal, o que leva os pescadores da pequena pesca artesanal a demandar outras zonas onde possam pescar, neste caso junto à Ilha da Culatra, perto de uma zona balnear.
Quando os governantes tomam determinadas decisões deviam ponderar desde logo que impactos daí podem advir e certamente que os ponderaram, Deveriam também monitorizar os impactos das medidas tomadas,mas isso é outra coisa, de que ninguém tem conhecimento.
Quando se criam zonas como as APAs, zonas balneares e outras mais, deveriam ser também acompanhadas de zonas de pesca para que os pescadores possam trabalhar sem receio de cometerem qualquer infracção.
Quando o comando da Policia Marítima vem justificar com a proximidade das zonas balneares, vem de encontro àquilo que desde há muito vimos falando que é o facto de ao uso balnear tudo ser permitido enquanto ás actividades tradicionais tudo ser apontado como inconveniente.
Ora isso, insere-se no plano que a então CEE definiu para  nosso País, de destruição do sector produtivo por troca com a prestação de serviços, transformando o País, e particularmente o Algarve, numa zona de lazer da Europa, onde os residentes e desde logo, os pescadores, pouco ou nada contam.
Dez quilómetros de rede ainda é muita rede e pergunta-se onde vão os pescadores, agora espoliados de artes e peixe, governar a vida?
Já não bastava o presidente da Câmara Municipal correr com eles do Porto de Abrigo senão a policia marítima correr com eles do mar de pesca. 
Ou seja, governos, autarquias e o braço armado da policia marítima, todos unidos contra a pequena pesca artesanal!
REVOLTEM-SE, PORRA!

3 comentários:

Anónimo disse...

Falem com o José Apolinário Nunes Portada que ele resolve qualquer problema.
Se quiserem podem ir pescar para Quelfes.

Anónimo disse...

ridiculo voces virem defender os pescadores que ficaram sem redes, deviam era ficar sem barcos e licenças , a PM devia fazer isto todos dias e ja agora recolher os covos ilegais e redes na ria, e essa malta que coloca redes em zonas proibidas devia perder as licenças.pois devido a esses filhos da mae é que nao ha peixe e depois vendem directo á praça fugindo á lota era apreender redes barcos e retirar licenças a esses bandidos, esta a ria e costa cheia de artes ilegais

Anónimo disse...

qunado vou ao choco sempre que o palhacinho fica numa rede com faca traco todas, para ver se esses filhos da puta aprendem a nao colocar redes ilegais